terça-feira, 26 de abril de 2011

ARTIGO- APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO

UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJAÍ
ESCOLA BÁSICA ANTÔNIO RAMOS











Mapeamento do conceito de Arte com crianças: a história de uma pesquisa com crianças de 1º, 2º e 3º anos


Projeto para aplicação da Escola Antônio Ramos, dentro das atividades do PIBID/CAPES.













Itajaí (SC), março de 2011
Mapeamento do conceito de Arte com crianças: a história de uma pesquisa com crianças de 1º, 2º e 3º anos
                                                                                Kim Kauã
                    Caroline Filipi Da Silva                                                                                           
                                                                                  Sandra Mara Cornelsen da Silva
                                                                                  Silvana Rebello



RESUMO
O presente artigo trata sobre uma primeira parte do Projeto PIBID – desenvolvido na Universidade do Vale de Itajaí, sob a coordenação da Professora Carla Carvalho e orientação da Professora Valeriam de Oliveira. O foco central é apresentar a maneira utilizada para mapear o conceito de Arte com crianças de 1º, 2º e 3º anos da Escola Básica Antônio Ramos. Esse trabalho foi realizado com o apoio do CAPES - Entidade do Governo Brasileiro, voltado para a formação de recursos humanos.
Palavras-chave: Arte; conceito; pesquisa.



INTRODUÇÃO

Este estudo demonstra os resultados de uma pesquisa de campo elaborada e aplicada por aluno(s) bolsistas do Projeto PIBID, na cidade de Itajaí - SC, onde iniciou-se uma investigação através do desenvolvimento de atividades artísticas que visam estimular o aprendizado, bem como favorecer a socialização de alunos do 1º, 2º e 3º anos, crianças na faixa etária de seis a oito anos de idade. Entretanto, no decorrer do tempo de trabalho dos bolsistas, os professores de classe encontraram dificuldades de concentração por parte dos alunos, pois as crianças apresentaram um comportamento agitado e impaciente.
O interesse por fotos, imagens, videoclipes de bandas, shows, concertos, grafite, dança, dramatizações, serviu como uma espécie de termômetro para medir o nível de conhecimento acerca das manifestações artísticas que essa população escolar analisada possuía.  Essa experiência com a Arte na sala de aula, visa analisar as diversas formas de contribuição dessa disciplina no favorecimento e facilitação na aquisição do conhecimento.
Foi apresentada inicialmente a ficha de observação, como método de pesquisa, onde os próprios alunos responderam, dando seu conceito sobre Arte.  
Ressaltando que nosso embasamento se deu com as contribuições da psicologia e da teoria de Vygotsky, que nortearam a compreensão do desenvolvimento infantil, através de “andaimes” conceituais.
Neste artigo são apresentadas algumas contribuições que funcionaram como facilitadoras na relação ensino-aprendizagem, sendo a Arte um importante instrumento e recurso para que o professor dele se utilize como "andaime" para a aquisição de novas competências. 

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS

O trabalho iniciado em fevereiro de 2011 foi proposto pela coordenadora do PIBID e aceito pelos bolsistas, fundamentado na experiência das professoras e pelo interesse pela linha de pesquisa nas manifestações artísticas. A pesquisa era realizada na segunda feira, durante todo o período vespertino – com uma hora de duração em cada classe. A escola atende alunos da faixa etária de 06 a 14 anos regularmente matriculados na pré-escola e no 1º ano do ensino fundamental até o ensino médio. A instituição municipal iniciou suas atividades em 28/02/11 A escola oferece, além das matérias pedagógicas básicas, o ensino de música Inglês,Informática, Artes.
A busca por um conceito sobre Arte foi inicialmente proposta para a duração (05 horas), ou seja, para um primeiro ano, um segundo ano e dois terceiros anos do Ensino Fundamental, que reuniam crianças de seis a oito anos, a ficha de observação continha oito perguntas, sendo três delas práticas.
A discussão e a reflexão consistiam em interrogações às crianças sobre a associação de manifestações artísticas com seu conhecimento prévio, ou seja, deveriam responder se reconheciam: o que é Arte? Se tiveram contato com a Arte, que manifestação de Arte tinham mais afinidade. O questionário possuiam perguntas elaboradas que associavam imagens. As sugestões elencadas como reconhecimento da Arte foram: a música, filmes, desenhos animados, dança, escultura, poesia, literatura, etc. possibilitando-lhes expressar suas ideias e sentimentos em relação as mesmas, tecendo elogios, críticas e comentários em geral. Após este momento era anotado na ficha de observação, visando concluir a pesquisa. O resultado mostra que no 2º ano, 32% dos alunos reconhece como Arte, o cinema e desenho, porém 22% dos alunos entrevistados desconhece que a música é uma manifestação artística. Museu é o tipo de Arte que eles menos tem contato. A manifestação artística que mais tem afinidade é a pintura e escultura, e que menos tem contato é o artesanato. Quase 30% deles já tiveram contato com a Arte através da escola, comunidade, TV e cinema. Mais de 25% deles reconhecem como Arte ópera e cinema e mais de 15% não reconhece o artesanato como Arte. Dos alunos entrevistados 12% tem mais afinidade com pintura e escultura e 2% deles tem menos afinidade com teatro e ópera, sendo que poesia/literatura e artesanato nem foram citados, por eles.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos geraram reflexões sobre como a Arte vem sendo utilizada nas escolas públicas. Demonstram a importância da aplicação das manifestações artísticas nas escolas, não se reservando apenas a apresentações ensaiadas para as apresentações das datas comemorativas, mas também deveria ser utilizado como um meio de desenvolvimento humano, na aprendizagem da leitura e na convivência grupal, o que muitas vezes não ocorre por não se vislumbrar ser a técnica possível de ser executada em escolas com um grande número de crianças por salas, ou porque há poucos professores trabalhando com estes conteúdos.
É possível estruturar aos diversos contextos escolares a prática artística como ferramenta do desenvolvimento humano, não só para a leitura, mas para auxiliar em temas como a cidadania, a convivência grupal, a ética, a tolerância, entre outros valores desejáveis. Os professores podem utilizar as ferramentas que utilizamos, em suas disciplinas lembrando que a prática integrada às outras disciplinas, possibilita um resultado mais completo.
Vale ressaltar que o trabalho como bolsista durante a graduação também é uma valiosa ferramenta de aprendizagem. O acadêmico pode contribuir para o que acredita, com seus conhecimentos, suas práticas e visão de mundo, atuando em diversos segmentos da sociedade. É a possibilidade de colocar em prática tudo aquilo que está nos livros de modo a contribuir com a sociedade e com a sua própria aprendizagem profissional e pessoal.
Esta experiência tem possibilitado ao professor perceber que sua ação foi, e ainda é igualmente participante e criativa, não se restringindo apenas à observação passiva do fenômeno. Apesar da experiência do "fazer" na escola tem-lhe possibilitado uma nova aprendizagem da prática diária, facultando-lhe também a compreensão de que a Arte - como instrumento de criação, é intrinsecamente constituinte do ser humano.

REFERÊNCIAS

BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas: 1998.  
KHISIMOTO, T. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 1996.     
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.         

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ESCOLA... 18/04/2011

  • Organização do projeto para próxima intervenção.
  • Lista de materiais.
  • As idéias partiram desta intervenção.

quarta-feira, 13 de abril de 2011